quarta-feira, 30 de junho de 2010

Intuição


Intuição



Me disseram pra não acreditar

Nas concordâncias que a vida solta

Não sei como conjugar

O verbo que está na minha mão:



Amor, reticência ...

Loucura...



Amor, reticência ...

Loucura, exclamação !



Me disseram pra não acreditar

Nas sobras que a vida devora

Não sei como relevar

Toda essa intuição



Me disseram pra não acreditar

Nada, em cima da mesa posta

Não sei como comprar

Sentimento em liquidação:



Amor, reticência ...

Lourura ...



Amor, reticência ...

Loucura, exclamação !

quarta-feira, 9 de junho de 2010

DENTRO DESSA JAULA



DENTRO DESSA JAULA


A comunicação é uma variável constante diante do seu tempo. Tendências comunicacionais e revolucionárias surgem numa explosão tecnológica voraz. Com rapidez e acidez, os métodos de interatividade da informação “corrigem” nossas retinas com colírios manipuladores.


O império televisivo atualmente não vem mais nos atingindo como antes, quando ficávamos a frente das “besteiras” sempre no mesmo horário nobre. Engolíamos uma espécie de sensacionalismo barato com gosto de sangue. Nesta nova “era” não cabe mais esse abuso, é a TV agora que fica nos assistindo, procurando o que há de melhor nos anônimos, para assim oferecer uma “chance” dos “ilustres” virarem celebridades instantâneas.


Um marketing inteligente e barato é o canal Youtube. De forma revolucionária ele concentra inovações da “arte” dos meios digitais. Esse canal de comunicação nos remete as perspectivas que tínhamos da informação.


Hoje, sua “arte” pode ser assistida em todo o mundo. Isso é curioso, pois o seu quarto pode ser exibido em uma pequena janela para todo o globo, enquanto o universo “hipnotiza-se” com dramaturgias ilusórias sem contexto com a realidade do país. Inúmeras pessoas passam 15 minutos de seu dia distraídas no Youtube. É uma plataforma de desligar do real e ir para o imaginário “faroeste” contemporâneo.


Na abordagem televisiva brasileira, o público é um objeto comum e ignorante, a TV é considerada uma indústria de entretenimento. Com esse raciocínio, os lares brasileiros tornam-se alienados e apunhalados pela falta de “liberdade” de pensar. É ai que o Youtube aparece como símbolo maior e revolucionário, já que estávamos engessados na frente da “telinha”. É o canal que liberta a interatividade, não precisa trocar o “canal”, você está no canal, e o mundo lhe vê. Cria-se uma atmosfera de novos comportamentos no audiovisual, já a qualidade é questionável, pois as percepções são distintas entre as comunidades. Um exemplo é um vídeo ser assistido por ser engraçado, ao invés de ser de cunho informativo. Que agregue o conhecimento e não pura diversão.


No entanto, podemos refletir: “será que a televisão me deixou burro, muito burro demais? E agora eu vivo dentro dessa jaula junto dos animais!”, não podemos esquecer que é a nossa imaginação tem que explodir, prosseguir e não calar.


Essa transição da nova plataforma de se obter informação favorece as novas gerações que ganharão tudo “mastigado”. Nessa relevância o Youtube é a célula geradora para as novas percepções comunicativas. Em apenas 30 segundos você pode atravessar a barreira da manipulação e tornar-se conteúdo. Mostrar sua visão, sua habilidade, interferir como nunca anteriormente. Podendo assim sair dessa “jaula”, já que o “nosso lado animal de vez em quando precisa tomar sol”.